Após alegar ter encerrado um contrato de dez anos com o Laboratório Walderedo Nunes Brito LTDA. em 2014, a Prefeitura de João Pessoa continuou destinando recursos para o mesmo empreendimento, que desde novembro de 2012 passou a ter como sócio Rodrigo Simões Cartaxo Lacerda, que viria a ser primo do diretor do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) da Secretaria de Saúde da Prefeitura de João Pessoa, Frederico Simões Cartaxo Ferreira. O secretário de Saúde da Prefeitura de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio,informou, através de nota, que desde 2014 o credenciamento de laboratórios passou a ser feito por meio de chamamento público e garantiu que a empresa envolvida na denúncia não participou do processo.
O Laboratório, que ganhou o nome de Carlos Chagas, recebeu da administração municipal entre os anos de 2015 e 2016 a quantia de R$ 166.409,14, dos R$ 370.783,61 empenhados, referentes a contratos com o Instituto Cândida Vargas e com a própria Secretaria de Saúde.
Entre 2013 e 2014, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou que o Laboratório Walderedo Nunes Ltda. abocanhou mais de R$ 250 mil da gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD). As empresas funcionam na Avenida Dom Pedro II, nº 1182.
Adalberto Fulgêncio afirmou iria abrir uma sindicância para investigar possíveis irregularidades no contrato entre a administração e o Laboratório da família do diretor do Lacen. Ele negou ainda grau de parentesco entre o sócio do laboratório e o chefe do executivo municipal.