Mandados ainda estão sendo cumpridos em jornal do ABC paulista.
Foram presos pela Polícia Federal nesta sexta-feira (1) o empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal “Diário do Grande ABC”, e também Sílvio Pereira, ex-secretário geral do PT. Segundo a PF, Ronan seria responsável por tentar ocultar a influência do Partido dos Trabalhadores na liberação de R$ 12 milhões de reais em empréstimo fraudulento dado pelo Banco Schahin.
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Neste momento, procuradores da Polícia Federal e o Ministério Público Federal dão mais detalhes da 27ª fase da Operação Lava-Jato. A investigação pretende esclarescer a lavagem de ativos. Pela operação, a polícia deduz que José Carlos Bumlai, empresário do agronegócio, teria contraído junto ao Banco Schahin empréstimo de R$ 12 milhões em 2004 para quitar dívida do PT. Desse total, 6 mihões de reais iriam para as mãos de Ronan Pinto.
Em depoimento, Bumlai confessou que houve fraude na quitação do empréstimo de R$ 12 milhões, e que o dinheiro serviria para a campanha eleitoral de Campinas (SP) e para ‘caixa 2’ do Partido dos Trabalhadores. O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, também foi citado por Bumlai como mediador dos interesses do Partido junto ao Banco Schahin. O procurador Diogo Castor de Mattos afirmou que os mandados de busca e apreensão e condução coercitiva contra o ex-tesoureiro visam esclarescer sua participação no caso.
O procurador afirmou ainda que a lavagem de dinheiro era feita pelas instituições financeiras e ‘pagas’ em troca de favores concedidas pelo governo. O esquema ocorria ao mesmo tempo que o mensalão. De acordo com o procurador Diogo de Mattos, o ex-secretário do PT, Sílvio Pereira, também seria beneficiado pelo esquema através de pagamentos da empreiteira baiana OAS, para “não falar o que sabia” sobre o mensalão. Mattos ainda afirma que os desdobramentos dos fatos ocorridos naquela época repercutem até hoje.
Fonte: Midiamax