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O Cachacier
Tudo sobre cachaça, por Mauricio Maia
Já falei sobre cachaça orgânica e sustentabilidade no setor aqui, mas existe um conceito muito mais profundo e antigo que orienta tudo isso que se chama biodinâmica, e que seu idealizador – ou principal difusor – foi Rudolf Steiner.
Calma! Não vou dizer aqui que Rudolf Steiner era apreciador de uma boa branquinha, mas em tempos de aquecimento global, nada como ser sustentável e apreciar uma boa cachaça orgânica – que segue, em parte, os preceitos da agricultura biodinâmica propostos pelo filósofo austríaco, fundador da antroposofia.
Cada vez mais valorizados, os produtos orgânicos já são presença obrigatória nas prateleiras de grandes redes de supermercados, e nas mesas dos brasileiros. Na Europa, os produtos orgânicos apresentam uma vantagem competitiva considerável e uma certificação pode abrir muitas portas e facilitar a entrada em alguns mercados.
De norte a sul do país já temos dezenas de marcas de cachaça certificadas que ostentam com orgulho o selo em sua embalagem ou rótulo.
O caráter artesanal da produção da cachaça se adéqua perfeitamente às regras da agricultura orgânica, com pequenas adaptações. Porém engana-se quem pensa que possuir um selo de certificação é simples. Não basta simplesmente banir fertilizantes químicos e agrotóxicos: é necessário que toda a operação agrícola, industrial e comercial obedeça a rígidos critérios e padrões de sustentabilidade.
Segundo o Sr. Antonio Inácio, produtor da Cachaça Serra Limpa, de Duas Estradas – PB – que possui a certificação orgânica pelo IBD (Instituto Biodinâmico), os cuidados com a fertilidade do solo, o controle biológico da pragas, e o transporte em carro-de-boi da cana colhida manualmente, contribui para a qualidade do produto final, tanto quanto os processos de fermentação natural e destilação em alambiques de cobre.