[ad_1]
Em abril de 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, foram gerados 778 empregos formais na Paraíba. Trata-se do terceiro melhor resultado dos últimos dez anos para o mês de abril. Vale destacar que o pior resultado se deu em 2015, quando a Paraíba fechou -2.903 postos de trabalho formais no mês. Os setores que mais contribuíram para a geração desse saldo positivo de empregos foram as atividades ligadas ao setor de serviços (+863 empregos), com destaque para o subsetor do comercio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos, e ao setor da construção civil (+144 empregos).
Esse saldo positivo é o resultado da admissão de 10.025 trabalhadores e do desligamento de 9.247. No que tange as admissões, observa-se que o resultado de abril é o quinto pior resultado para o mês nos últimos dez anos. Observa-se que o melhor resultado se deu no quarto mês de 2014, quando o mercado de trabalho paraibano admitiu 14.954 trabalhadores em postos de empregos celetistas. O pior resultado se deu em abril de 2017, momento em que foram admitidos 8.384 trabalhadores.
Quanto ao número de desligados, verificou-se a demissão de cerca de 9.247 trabalhadores, terceiro melhor resultado desde 2010, ou seja, o mês de abril de 2019, trouxe um dos menores patamares de desligamentos para o mês, no período de 2010 a 2019. Os maiores desligamentos foram verificados em abril de 2014 (15.980) e de 2015 (15.466).
O resultado acumulado para o primeiro quadrimestre de 2019 apresentou o fechamento de -7.629 postos de trabalhos formais na Paraíba. Observa-se que mesmo o mês de abril apresentando um fluxo de admissões e desligamentos mais positivos do que o mesmo período do ano passado, a deterioração dos postos de trabalho no primeiro trimestre do ano foi suficiente para fazer com que o saldo de empregos gerados nos primeiros quatro meses de 2019, só não fosse pior dos que os anos de 2016 (-10.571) e 2015 (-9.782), período de forte recessão econômica em todo o país, e do que ano de 2017 (-9.451).
Realizando uma análise por unidades da federação, verifica-se que, no acumulado de janeiro a abril de 2019, a Paraíba, com um saldo negativo de -7.629 empregos formais fechados obteve o terceiro pior resultado do país na geração de empregos, ficando a frente apenas dos estados de Alagoas, que obteve o fechamento de -21.796 empregos e de Pernambuco, que encerrou -25.698 empregos. O estado que mais gerou emprego foi São Paulo com a criação de 125,6 mil empregos. Em segundo lugar vem o estado de Minas Gerais com a geração de 56,1 mil empregos.
Na Paraíba, os setores de atividade que mais contribuíram para o alcance do resultado positivo encontrado em abril de 2019 foi o setor de serviços (863 empregos) e o da construção civil (144 empregos). Dentro do setor de serviços, o subsetor que apresentou o melhor resultado foi o comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos, que acumulou um saldo positivo de 366 empregos formais. O pior resultado foi verificado no setor da agropecuária que fechou em abril -271 postos de empregos com carteira de trabalho assinada.
No acumulado do ano, observa-se que o fechamento de -7.629 postos de trabalho formais foi gerado principalmente pelos empregos destruídos nos setores da indústria da transformação (-4.655), em especial o subsetor da Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (-2.392), e o da agropecuária (-4.303). Esses resultados ainda se devem a manutenção do período de entressafra das atividades sucoralcoleiras paraibanas, que voltam a gerar empregos apenas na metade do ano, na medida em que as atividades ligadas à cana de açúcar voltam a contratar para a colheita da safra 2018/2019. Outro subsetor que fechou um grande contingente de empregos formais foi o da Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria, que encerrou no acumulado do ano com o saldo negativo -1.867 empregos.
RESULTADO POR MUNICÍPIOS PARAIBANOS
Em abril de 2019, entre os principais municípios paraibanos (municípios com mais de 30.000 habitantes), João Pessoa foi o que obteve o maior saldo de empregos formais apresentando um saldo de 412 empregos. O setor de serviços foi o que mais contribuiu para este resultado, gerando 444 empregos, sendo seguido pelo setor da construção civil que criou 80 novos postos de trabalho na capital.
Campina Grande apresentou o segundo melhor saldo paraibano, sustentando um resultado positivo de 178 empregos formais. Em terceiro lugar vem a cidade de Patos com 86 empregos gerados, vindo logo após Sousa com a criação de 35 novos empregos com carteira de trabalho assinada.
O pior resultado se deu no município de Santa Rita, que apresentou um saldo negativo de -403 empregos, bem a frente do município de Cajazeiras que fechou -58 postos de trabalho.
No acumulado do ano, os municípios que mais contribuíram com o saldo negativo paraibano foram Santa Rita com o fechamento de -2.502 empregos, e Mamanguape com a destruição de -1.300 empregos formais. Grande parte desse saldo negativo dos dois municípios se deve as atividades ligadas a cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro que se mantem em seu período de entressafra.
SAZONALIDADE DA SÉRIE
Analisando o mercado de trabalho paraibano no período de janeiro de 2008 à abril de 2019, verifica-se que a série apresenta uma certa sazonalidade nos anos. Observa-se que, em média, os três primeiros meses do ano são marcados pela manutenção de resultados negativos, que a partir do quarto mês dão lugar a sinais de crescimentos. Constata-se que estes crescimentos se mantêm de forma crescente até o oitavo mês do ano, onde atinge seu pico. A partir do mês de setembro verifica-se a manutenção de resultados positivos, porém em níveis decrescentes, que se mantêm até o mês de novembro. E, seguindo a tendência do mercado de trabalho de cada ano, o mês de dezembro se caracteriza como o período do “ajuste geral”, isto é, momento em que se observa um número de demissões maior que o de admissões.
Sobre a Econsult
A Econsult é uma empresa de consultoria, criada há 5 anos, comprometida com a geração de conhecimento voltada a subsidiar os seus clientes no levantamento, descrição, análise e compreensão de informações socioeconômicas indispensaveis no processo de tomada de decisão. Ela se firmou através da sua credibilidade, apresentando-se como uma importante fonte de informações, dados e análises confiáveis para seus clientes. As suas atividades buscam trazer para o desenvolvimento do trabalho uma atuação pautada em experiências, que serão somatizadas com o conhecimento prévio dos clientes e seus objetivos de atuação. Trata-se de um processo de construção coletivo dos produtos e serviços, aliados a instrumentos que estejam na fronteira do conhecimento. Reconhecida pela experiência dos profissionais que a compõe, ela atua nas areas de assessoria, pesquisas qualitativas e quantitavas e na formação técnico-científica de seus clientes.