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Após o Ministério da Educação cortar as bolsas de pesquisa da CAPES e do CNPq, cerca de 223 estudantes de pós-graduação da UFPB e UFCG vem sofrendo com a falta de investimentos para as pesquisas. No caso da UFPB foram cortadas 34 bolsas da CAPES e 4 do CNPq. Já na UFCG a guilhotina alcançou ainda mais estudantes: das 269 bolsas de doutorado, mestrado e pós-doutorado disponíveis na instituição, sobraram apenas 84.
“As bolsas cortadas são aquelas de transição. De projetos que terminam e seriam repassados para outros estudantes, para dar continuidade, mas acabam fechando no sistema”, explica o vice-reitor da UFCG, professor Camilo Farias.
Marcha para Brasília
Em todo o Brasil, de acordo com a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), o Governo Federal cortou mais de 11,8 mil bolsas de estudos e reduziu o orçamento do CNPq. Alunos de pós-graduação prometem paralisar as atividades e estão programando uma marcha para Brasília no próximo dia 02 de outubro.
“Essas medidas, associadas à escassez e defasagem das bolsas de estudos, que não são reajustadas desde 2013, têm jogado luz à destruição do patrimônio educacional e científico brasileiro construído há mais de 50 anos, e contribuído para condenar a Nação a um prolongado ciclo de desigualdade e subdesenvolvimento”, relata a nota emitida pela entidade.
Capes libera bolsas
O Ministério da Educação (MEC) articulou a liberação de recursos junto ao Ministério da Economia e à Casa Civil e assegurou a liberação de 3.182 bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) neste ano, para todo o país.
As bolsas liberadas são para os programas de excelência com notas 5, 6 e 7 – 1.068, 1.052 e 1.062 unidades, respectivamente –, as maiores da Capes. O orçamento da Capes para 2020 terá mais R$ 600 milhões. O valor total subirá de R$ 2,45 bilhões para cerca de R$ 3,05 bilhões.
O post Marcha para Brasília: estudantes de universidades da Paraíba organizam protesto após perderem bolsas apareceu primeiro em Polêmica Paraíba.