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Deflagra em dezembro de 2018, a Operação Calvário é uma ação conjunta dos Ministérios Públicos da Paraíba e do Rio de Janeiro com a colaboração da Polícia Federal e do Gaeco. A Operação investiga uma rede de corrupção que desviava recursos de contratos da administração de hospitais por todo o Brasil. Inicialmente estimava-se que um valor de aproximadamente R$ 1,1 bilhão em recursos públicos tivesse sido desviado da administração de unidades de saúde pelo Brasil. Dentre os presos da primeira fase estava o fornecedor da Cruz Vermelha Roberto Calmon.
A segunda fase da Operação foi deflagrada em fevereiro de 2019 com mandado de prisão em três cidades paraibanas além das ações conjuntas no estado do Rio de Janeiro. Dentre os presos na Segunda fase da operação estava Leandro Nunes, ex-assessor da ex-secretária de Administração da Paraíba, Livânia Farias. Leandro foi flagrado pela investigação recebendo uma quantia de dinheiro dentro de uma caixa de vinhos, acredita-se que o dinheiro seria para o pagamento de fornecedores da Cruz Vermelha. Após um depoimento em que assumia os fatos apresentados pelo Ministério Público Leandro foi libertado em março.
No dia 14 de março foi deflagrada a terceira fase da Operação que tinha como alvo Livânia Farias. Além da ex-secretária outras nove pessoas também foram alvo desta fase da Operação. Segundo o depoimento que garantiu a sua liberdade, Leandro Nunes afirmou que Livânia teria comprado uma casa no valor de 400 mil reais na cidade de Sousa com dinheiro desviado da gestão do Hospital de Trauma na Capital, que era administrado pela Cruz Vermelha.
Após a sua prisão, Livânia Farias ficou presa na 6ª Companhia da Polícia Militar, em Cabedelo, até a determinação da sua soltura pela juíza Andrea Gonçalves. A soltura de Livânia doi determinada após a ex-secretária assinar um Acordo de Colaboração Premiada com o Ministério Público da Paraíba. Na Assembléia Legislativa da Paraíba a Operação Calvário foi causa de polêmicas dentre opositores e governistas que debateram a possibilidade da criação de uma CPI para investigar os acontecimentos apresentados pela Operação.
O governador João Azevedo anunciou no dia 07 de março a antecipação da seleção para organizações sociais interessadas em administrar os hospitais de Trauma, de João Pessoa; Metropolitano, de Santa Rita, e Regional, de Mamanguape e a interrupção do contrato do estado com a Cruz Vermelha. No dia 30 de abril o ex-secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão da Paraíba, Waldson Souza e do ex-procurador do estado Gilberto Carneiro.
O post OPERAÇÃO CALVÁRIO: Relembre o passo-a-passo da investigação que abalou as estruturas da administração pública de hospitais no Brasil apareceu primeiro em Polêmica Paraíba.