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O Ministro da Educação Abraham Weintraub participará de uma audiência pública na Comissão de Educação da Câmara Federal na próxima semana, dia 15 de maio. A discussão será comandada pelo presidente da Comissão, Pedro Cunha Lima (PSDB), e vai debater, entre outros assuntos, o anúncio de corte de 30% no orçamento das universidades federais. Pedro criticou a redução e a linha que vem sendo adotada na condução das políticas educacionais. “O que se vê no momento é o MEC sendo usado como instrumento para promover uma revanche ideológica”, disse.
Para ele, esse é um aspecto muito preocupante, pois é preciso assegurar que o MEC seja gerido segundo critérios técnicos, não ideológicos. Pedro repreendeu a ideia que a prioridade na política educacional venha ser desaparelhar as universidades, que, para alguns, estariam tomadas pela esquerda. “Sempre que a linha de ação for ideológica, para satisfazer a uma torcida organizada, estarei do outro lado. Não se pode menosprezar o interesse do país. O que se espera do MEC são medidas técnicas e urgentes, tomadas a partir de diagnósticos precisos. Não podemos mais errar numa área como a Educação”, sentenciou.
CORTES – Pedro afirmou na audiência da próxima semana, irá questionar quais os critérios adotados para a decisão de reduzir em 30% o orçamento previsto para as universidades federais no segundo semestre do ano. “Parece haver no MEC uma incapacidade de gestão. Não há gestão nenhuma em fazer um corte linear de 30%, igual para todo mundo. Não foi feito nenhum estudo, nenhuma avaliação sobre as peculiaridades de cada universidade”, criticou.
O deputado, que tem como uma de suas bandeiras a defesa de mais investimentos na primeira infância e na educação infantil, mas também disse não concordar com um dos argumentos usados para justificar os cortes no ensino superior, de que os recursos seriam empregados nos programas educacionais para as crianças.
“Sou obcecado pela primeira infância —pela creche, pela educação básica. Mas o dinheiro que falta no ensino básico não é o dinheiro que sobra na universidade. Essa tese de que falta na creche o dinheiro que existiria em excesso nas universidades é uma forma errada e simplista de abordar o problema. Não existe essa dicotomia entre ensino superior e educação básica. É preocupante ver o ministro sustentando uma tese como essa”, opinou.